quarta-feira, 11 de março de 2009

Comendo sem medo de ser feliz

O melhor remédio para curar as minhas angustias do dia-a-dia é comer bem. E comer bem pra mim, pode ter muitos significados. Desde um haddock defumado a um filé com fritas, se for bem feito, há de me fazer feliz.
Hoje, acordei com desejo de comer no Esquimó. Pra quem não conhece, um módico restaurante, no estilo onde se come no balcão, o tradicional prato-feito. Com apenas 10 pratas no bolso você monta um prato com até 8 itens, com direito a suco de caju e sobremesa.
A decoração parou nos anos 50, com murais de urso polar bastante vasco, e não tem como evitar o famoso cheiro de gordura.
Já a frequência, é um tanto sui generis, vai de famintos office boys a engravatados, passando por algumas mulheres, que ainda se assustam com o volume da comida.
O único incoveniente é que não dá pra juntar uma galera. Além de estar sempre cheio, é preciso esperar um banco vagar e juntar todo mundo, seria muito difícil.
Mas se você não tem frescuras, dê uma chance ao esquimó e vá fortalecer os seu anticorpos.

Anote aí o endereço: Travessa do Ouvidor, 36.
Minha pedida: Arroz, feijão, hamburguesa, farofa e batatas fritas, suco de caju e pudim de leite condensado.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Faulkner salvou as minhas madrugadas


Na madrugada de ontem, terminei de ler “Luz em agosto”, de William Faulkner, daqueles exemplares caprichados, que dão gosto de ler, só pelo capricho da capa, da encadernação, lançados pela Editora Cosac Naify.

Foram 440 páginas, em quase 2 meses, um recorde pra mim, já que meu problema de concentração faz com que eu volte várias vezes ao início da frase.

Não me pergunte o motivo de ter comprado este livro, mas foi numa daquelas promoções imperdíveis do site da editora e confesso que acabei comprado pela capa.

Mais tarde, perguntei ao Deus Google quem era esse tal de Faulkner, e vim a saber que o cara é considerado um autor de referência na literatura norte-americana do século XX. Talvez um dos maiores novelistas.

O livro, que se passa na década de 20, trata de pessoas comuns, que escolheram caminhos errados em suas vidas, coisa tão comum, também nos dias de hoje.

O livro é permeado por várias ações paralelas que vão se entrecruzando, de forma não linear. As vezes me sentia vendo um filme do Altman.

O personagem principal, Christmas, é um branco que acredita ter sangue negro, e essa falta de identidade o atormenta a ponto de cometer e sofrer todo tipo de violência e intolerância racial no sul dos Estados Unidos. Seria o nome do personagem uma referência a Jesus Cristo?

O livro ainda nos brinda com a jovem ingênua, Lena Grove, determinada a achar o pai de seu filho, que ainda carrega na barriga e que prometeu se casar com ela.

Outros personagens, um tanto trágicos aparecem no decorrer da história e nos leva a uma direção de total desespero que parece não ter fim. O final é triste, como não poderia deixar de ser.

Agora preciso ler “O som e a fúria”.